Texto: Ciro Sarno
Quem gosta de rock não pode deixar de conferir o trabalho do Oasis
Cover, que tem tocado uma vez por mês exclusivamente no Groove Bar.
Sexta passada foi dia deles, e quem foi conferir não teve do que reclamar.
Em um estilo diferenciado para os fãs do Oasis, o Oasis Cover não conta
com uma dupla distinta de vocais que representem os irmãos Gallagher. Apesar de
contar apenas com um vocalista, o líder da banda Ted Simões, o cover não deixa
a desejar. Em seu estilo próprio, Ted conduz o show com muita energia e
descontração tocando com prazer clássicos tanto do Oasis quanto do trabalho
solo de Noel com sua banda High Flying Birds.
Dando destaque para o terceiro álbum da banda, o Be Here Now,
o Oasis Cover abriu a apresentação com a faixa que leva o mesmo nome do álbum,
sendo fiel à turnê 97-98.
Poucos eram os fãs da considerada melhor banda dos últimos 30 anos, e a
casa parecia repleta de fluorescent adolescents que aguardavam
o cover do Artic Monkeys. De maneira descontraída e despreocupada, o Oasis
Cover conduziu um ótimo espetáculo, tanto pra quem era fã quanto pra quem só
conhecia os clássicos. Singles do Be Here Now, Stand By Me e Dont
Go Away não ficaram de fora, assim como uma das maiores surpresas da
noite, a b-side Going Nowhere (single Stand By Me –
97).
Hinos como Supersonic, Wonderwall, Whatever e Dont
Look Back in Anger marcaram presença e agradaram inclusive quem
estava esperando o cover do Artic Monkeys começar.
Para os poucos fãs, Ted surpreendeu com a b-side Round Are Way (single Wonderwall),
com uma ótima performance mesmo sem contar com os famosos metais usados nas
apresentações ao vivo dessa faixa em 96.
O Oasis Cover fez uma ótima apresentação, como sempre tem feito,
mostrando ter uma banda muito concisa e talentosa: um baterista que faz
perfeitamente as famosas marcações marchadas do Oasis, um ótimo baixista que
deixa a banda no eixo (inclusive quando algumas “outros” ficavam fora de
tempo), um tecladista que teve sua participação prejudicada devido à mesa de
som mas que parecia dentro do timing da banda e um ótimo solista/vocalista que
não deixa a desejar. O guitarrista base é muito bom e bem preciso no
instrumento, mas peca no backing vocal. Um bom exemplo disso que pode ter
incomodado alguns fãs foi no primeiro single do Whats the Story Morning
Glory, Some Might Say, que esse ano ainda não havia sido tocado
pelo cover. Nos momentos finais da música, o marcante e frenético backing vocal
feito por Noel nas apresentações do Oasis “might say, might say, might say,
might say, might say might say might say” não foi feito, o que enfraqueceu a
performance que até o momento estava impecável.
Quem pôde estar lá assistiu a uma ótima apresentação, fiel a atitude do
Oasis e a entrega que se tem em todas as músicas composta por esse grande gênio
do rock: Noel Gallagher.
Cheers!
Comentários
São os maiores, mas no topo é Allin. O cara foi enterrado com um walk man no repeat para ele ouvir a propria música até a pilha acabar.