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Cobertura: Lollapalooza - Primeiro Dia


Texto: Felipe Franca

Fotos: Divulgação

Festival é uma merda.

Roubada, escrota, das piores.

Tortura.

Eu escolhi nesta primeira edição brasileira do lendário Lollapalooza (pelo menos nos EUA ele é) sofrer a pior das torturas para ver de perto as únicas duas bandas do line-up (fuleiro) do primeiro e único dia que fui (já que não sou milionário de pagar tanta exorbitância pra ver tanta merda dois dias seguidos) de perto. Não é amor ao rock. Não é fanboyzice. É idiotice mesmo. Misturada com um pouco de masoquismo.

Marcado às 11h para a abertura dos portões. Lá chego eu, 10h da matina. Pelo ônibus que me deixou já começo a querer voltar para casa. Uma das entradas já estava completamente entupida e formada por uma fila de infelizes que dormiram por lá ou chegaram ainda mais cedo. Bom saber que há gente ainda mais idiota que eu.

Lá fui eu para a segunda entrada, que também já estava tomada por uma fila dobrando o quarteirão. Mais uma hora de espera. Pelo headphone ouvia qualquer coisa que me isolasse do sotaque paulista dos moleques espinhentos ao redor. Exatamente às 11h a maldita fila começa a andar. Claro, até chegar ao portão, mais 40 minutos, quase. Foda-se, tamo nessa pra se foder mesmo, seu fodido, caminha, filho da puta, ouve Mars Volta no celular e esquece que tem um rebanho às suas costas e que você é parte dele.

O que vem agora são apenas flashes de um dia que felizmente com o tempo esquecerei (espero). Consiste no seguinte:
- Andar pro palco em que o TV on the Radio e Foo Fighters se apresentariam. Nenhuma indicação qual palco era qual, se quisesse se achar tinha que ficar olhando pro mapinha. Chutei que o tal palco (chamado Cidade Jardim) era o verde, sendo o outro, o mais desinteressante do dia (Butantã) o vermelho. Era só usar a lógica. O único que teria gente se matando na frente era o do Foo Fighters. Brilhante. Tava cheio já.

- Fingir que você não estava gripado e que o sol escroto no céu sem uma parca nuvem daria uma trégua alguma hora. Segurar-me a uma garrafinha de água já quente o máximo possível. Não duraram duas horas esta água que ao final era só saliva contaminada do vírus citado acima.

- Se embrenhar entre gente que já estava fedendo antes mesmo do primeiro show começar.

- Conseguir chegar o mais perto possível da frente do palco e da passarela do Lolla Fashion Weekend que dividia a platéia no meio, provavelmente posta lá em homenagem ao Mr. Grohl que gosta de correr feito um condenado o show inteiro.

- Tentar não contar quantas malditas camisas do Foo Fighters haviam ao redor. Sério, que coisa mais babaca ir pro show da banda com camisa da própria banda. É tão bostético quanto ir pra aula de física vestindo uma camisa estampada com um átomo. É abadá. É quase cosplay, porra.

- Já tomaram um sol bem filho da puta na cabeça de meio-dia até 17h sem qualquer tipo de proteção? Que saudade deu da chuva chata e confortante do SWU 2011.

Vamos aos shows antes que eu corte os pulsos lembrando desta merda. Só lembrando que fiquei em apenas um dos palcos, então farei resenha apenas deste palco. Mas pelo visto não perdi muita coisa útil nos outros.

RITMO MACHINE – http://www.facebook.com/ritmomachine

Meio-dia estava marcado, e pontualmente começou a primeira apresentação dos palcos principais do Lollapalooza Brasil.

E que bela merda foi.

O grupo consiste de um DJ (não sei quem é e realmente não dou a mínima), o percussionista do Cypress Hill (que já havia visto ano passado num show legal), um guitarrista e um baixista. De vez em quando um filho da puta baixinho e muito estranho metido a MC subia no palco pra rimar em sei lá que língua (o cara falava em portuñol clássico, mas sei lá o que saía da boca dele no meio das músicas, acho que era inglês).

A música em si é justamente o nome da banda, uma máquina de ritmo, que resultava numa mistureba insalubre de nada com porra nenhuma, ritmos latinos rapeados batidos num liquidificador com música de elevador brasileiramente forçada que a gente já acostumou a ouvir saindo de uma rádio Trama. Só faltou um grupo de capoeira pra fechar ainda mais bonito.

Tinha uma dúzia de coitados felizes demais pra questionar qualquer coisa, realmente animados. Mas o público era na grande maioria roqueiro, indiferente e completamente desesperado pela palavra que resumiria o dia: ÁGUA. Mais sobre isso a seguir.

INTERVALO PARA RECLAMAÇÃO (Sim, mais uma)

Ao fim da primeira esquecível apresentação do dia, às 13h no outro palco, Butantã, já entrava para tocar Wander Wildner, que eu ficaria bem feliz em assistir. Mas o que ocorreu?

Nada. Nada. Nada. Absolutamente nada.

Você achava que colocariam pelo menos o áudio do outro palco num volume mínimo para te distrair por um minuto da desgraça de sol escroto e gente fedida te cercando? Ha! Ha! Hahahah!

Tentei me enganar afirmando na minha própria cabeça de bagre que as câmeras da Multishow (que transmitiriam os shows a partir das 14h) ainda não estavam por lá e por isso nos telões só rolava propaganda de Coca-Cola Zero, Heineken e... Calvin Klein? Sim, pessoas felizes na piscina ou tomando líquidos, hidratadas! Pooooorraaaaaaaaaaaa!!! Enquanto isso olhávamos para o céu maldito e para o palco sendo preparado para a apresentação seguinte. E torcendo para não morrer ninguém do seu lado. De vinte em vinte minutos uma coitada saía completa ou parcialmente desmaiada pela grade ao lado.

Só lembrando que este é possivelmente o único festival que fui na vida em que não passou um filho da puta qualquer vendendo água, refrigerante, cerveja, nada, absolutamente nada. Um sol filho da puta e quem quisesse ir beber alguma coisa que se fodesse perdendo seu (literalmente) suado lugar. Possivelmente o Perry Farrell não gostaria de passar a imagem de um bando de pobretões carregando isopor parecendo uma mini-favela ali no meio e divulgar pro mundo inteiro isso atrelado ao nome Lollapalooza. Única explicação lógica para o ocorrido.

Mas voltando à música, ou algo do tipo.


MARCELO NOVA – http://www2.uol.com.br/marcelonova

Ele tá meio em alta, né? Raul Seixas e seu documentário bombando, até que a escalação não foi errada... enfim, o velho safado fez um bom show e representou bem a terrinha aqui (largou até um bom e velho BORA BAÊÊÊÊAAAAA!!! que uns paulistas por algum motivo comemoraram, hehe). Foi no mínimo interessante ver por uma hora gente que possivelmente nunca ouviu uma música do Camisa de Vênus ou do próprio Nova entretido pelo próprio e sua trupe. Alguns clássicos que nunca fazem mal a ninguém cantados em coro pelos que tinham mais de 25 anos e neste momento até o sol deu uma trégua ofuscado por alguma nuvens. Havia esperança. A porra dos bombeiros começam a jogar copos de água mineral para o público. Não cheguei perto de uma sequer.


O RAPPA – http://www.orappa.com.br

Do outro palco vinham sobras mínimas e ecos do som do Cage the Elephant, que pelo menos poderia ser divertido de assistir. Vídeo? Pra que três telões na sua frente, né? Pra passar propaganda de merda enquanto montam a parafernália (monstra) d’O Rappa. Obrigado, Lollapalooza.

Começa o show desta maravilhosa aberração carioca, que pra mim nunca cheirou nem fedeu. Nunca entendi. Nunca entenderei. O Perry Farrel gosta e disse que é uma das bandas brasileiras favoritas dele. Não à toa foi escalado pro Lollapalooza (o de verdade, nos EUA, aquele que tem um line-up foda mesmo). Coisa pra gringo ver e se entreter, talvez, sabe-se lá.

Iniciam as atividades com “Reza Vela”, uma música legal e que realmente dá pra animar um público sedento por água e qualquer outra porra àquela altura. Depois... misturou tudo na minha cabeça, porque realmente não conheço as músicas da banda (exceto os hiiiiits mais óbvios). Animou o povo naquele esquema de cantar uns ‘Hey Joe’ estilo onisciente coletivo, o hit no fundo da tua cabeça, pula, se anima, faz qualquer merda aí pra distrair, mas longe de convencer o público obcecado pelo Foo Fighters.

Mas um dos momentos marcantes (e possivelmente um dos mais estúpidos de todo o festival) foi quando, simplesmente, do nada, sem nenhum motivo aparente a banda não fez um medley, não fez um cover... eles colocaram o DJ da banda pra tocar “Killing in the Name” do Rage Against the Machine.

Pra tocar no macbook dele.

Pra animar e pra gozar com o pau dos outros. No meio do show. A música inteira.

HEIN?!

Todo mundo ao redor (juro, todo mundo) pulou como um condenado ao som daquela porra de som mecânico enquanto a bosta da banda estava ao vivo no palco, parada, Falcão chacoalhando os dreads de um lado pro outro ao som de outra banda tocando num notebook.

HEIN?!

A partir deste momento já estava desistindo da vida, da humanidade, da disgraça do rock, de qualquer lógica, tentando focar no fato que faltava pouco para ver a poucos metros de mim uma de minhas bandas favoritas. Essa aí abaixo.


TV ON THE RADIO – http://www.tvontheradio.com

Odeio ter que admitir, mas que porra de escalação absurdamente errada foi o TV on the Radio para este festival, ou pelo menos para tocar justamente antes do Foo Fighters. Banda cult pra público majoritariamente rockeirão e completamente óbvio?

Platéia já massacrada (pelo menos onde eu estava), música completamente esquizofrênica e cheia de referências e influências que 9/10 do público não entendia e não dava a mínima para o que era ou de onde vinha, banda desconhecida para um público massificado como o do Foo Fighters...

… não que importasse, pois o TVOTR fez possivelmente um dos melhores shows de todo o festival, rivalizando até mesmo com a atração principal da noite.

Levando em conta que estavam ali como patinho feio do line-up, o TVOTR se dedicou a fazer um show quase completamente formado pelas músicas mais rockeiras e agitadas do grupo, focando principalmente nos dois últimos álbuns e tocando todas as mais conhecidas (e completamente desconhecidas pelo público do RollapraloserBR) sem desanimar um minuto. Eu era, sem dúvida alguma, a única pessoa no buraco escroto onde me encontrava a cantar as músicas e dar a mínima pra banda, que em toda sua loucura musical misturando soul, pós-punk, new wave, bebop, jazz e o que mais couber ali no meio tocava à revelia dos espinhentos malditos à frente deles.

Tunde Adembipe com suas dancinhas absurdamente fenomenais e desengonçadas e uma voz excelente, Dave Sitek e Kyp Malone o tempo todo focados e dançando também com suas guitarras e um repertório absurdo e impecavelmente bem tocado/cantado. Depois de duas músicas eu vi a luz e entendi o porquê de toda aquela tortura anterior. Showzaço.

Terminaram com uma trinca de ouro: primeiro mandaram ‘Repetition’ (na qual Dave Navarro subiu ao palco pra fazer pose com sua guitarra) para seguir com um cover absurdamente foda (e que deixou todos os roqueiros/hardcorers que conheço babando, especialmente os que me subestimavam quando dizia que a banda era foda). Sim, ‘Wating Room’, do Fugazi. Ninguém acreditou, pra todo mundo era só uma piada, só os acordes iniciais pra zoar um pouco. Quando já tava no meio da música e todo mundo entregue e prazerosamente estuprado pela deliciosa fodelança malemolente do TVOTR já tinha até esquecido do Foo Fighters (ou quase). Última música pra acabar de vez foi a sempre excelente ‘Wolf Like Me’. Mais uma vez, só pra fincar de vez: SHOWZAÇO!

Pela primeira vez na noite fiquei feliz, nem tudo estava perdido. Consegui até pegar uma água dos bombeiros atirada no ar.


FOO FIGHTERS – http://www.facebook.com/foofighters

Que mais posso dizer sobre esse show que já não foi dito? Já sei: CADÊ ‘BRIDGES BURNING’, CARALHO?!

Tirando esta breve ressalva, Dave Grohl, Pat Smear, Nate Mendel, Taylor Hawkins e Chris Shiflett fizeram tudo o que já haviam prometido fazer após 11 anos sem dar as caras no Brasil: um show absurdamente longo, com um setlist extenso (26 músicas!) abrangendo toda a carreira deles. Exceto por ‘Bridges Burning’, obviamente.

Começando brutal com ‘All My Life’ e mais adequado impossível, já que da última vez que pisaram no Brasil só haviam lançado os três primeiros álbuns e ‘All My Life’ foi quase uma ruptura pra banda que nunca havíamos testemunhado em show. E foi foda. Mesmo assim, desde este primeiro instante dava pra ver que Dave Grohl estava apenas com um fiapo de voz, mas... foda-se? Gritar ele sabe pra foder ainda mais a própria voz, correr também, toda hora pela passarela ali do meio. A banda obviamente era afiada, e fiquei bem feliz em uma vez na vida ver de perto o Pat Smear, um dos guitarras mais subestimados do rock mundial.

Seguindo com uma boa e velha caralhada de hits que não preciso nem citar aqui pra perder tempo e gastar sua paciência, realmente a única coisa que atrapalha o show é em quase toda música ter que enfiar no meio firulas instrumentais pro público bater palminha, sem falar nos momentos realmente embaraçosos, como o “duelo” de guitarras entre Grohl e Shiflett ainda piorado por uma gaita. Apesar de às vezes descambar quase pra um show de comédia, a banda empolgou muito e Dave Grohl deu seu espetáculo a parte tocando bateria. Sim, foi o que todos esperavam. Pra mim foi até demais o que se esperava, beirando o absolutamente previsível. Não sei se por já ter visto a banda sei lá quantas vezes em shows pela tv ou internet ou pelo cansaço extremo realmente não consegui sair tão animado, apesar de ter sido inegavelmente um ótimo show e ter saciado a fome de todos os presentes.

Mas exausto, após a previsível saída da banda antes do inevitável bis (que já sabia a risca o que seria da primeira à última música, com Joan Jett e tudo o mais) realmente não agüentava mais.

Fui comer e beber alguma coisa pelo preço absurdo cobrado pelo Lollapalooza. Afinal, pra que manter a roubalheira só no ingresso, não é mesmo? 16 pilas por dois copos d’água e um cheeseburger de microondas. Delícia.

CONCLUSÃO

O Lollapalooza teve um line-up muito ruim. Muito ruim mesmo. Mal distribuído e com nomes absolutamente esquecíveis e dispensáveis.

O desrespeito ao público foi imenso, começando desde a pré-venda dos ingressos. Alguém lembra da piada que foi aquilo? A venda oficial também não melhorou muito. Felizmente tinha taxa de conveniência.

Há muito tempo não se via preços tão abusivos por ingressos, mesmo pra um festival com tantos nomes grandes.

O Jockey Club onde ocorreu o festival é um bom espaço e bem localizado, chega até mesmo a lembrar o espaço do Lollapalooza de Chicago visualmente. Mas fora isso, a estrutura é vergonhosa e não comportava a lotação máxima. As filas para comprar comida, que não enfrentei, pelo visto eram monstruosas e transitar era quase impossível para chegar em qualquer lugar.

Chega. Preparar pra sofrer no At the Drive-In agora.

Comentários

Andrei disse…
foo fighters é uma merda (Nirvana sim, era banda)! Tão chato quanto o Rappa e TV on the Radio.
Eduardo disse…
Show bom foi o do MGMT!
Anônimo disse…
Música bosta, bandas bosta tocando no meio de bosta de cavalo.
Anônimo disse…
Show de merda, blog de merda e português de merda

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