
Entrevista por: xDudux
Fotos: Ludmila Cunha
1. Fala meus lindos, estou ouvindo agora o EP “Choose any Direction” e resolvi fazer essa singela entrevista com vocês, para servir até de divulgação desse excelente lançamento de 2011! Como foi o processo de gravação e produção deste EP?
Eia companheiro Dudu! Sobre e processo de lançamento e produção, foi bastante árduo.
Contamos com o apoio providencial do pessoal do Revolusom Estúdio. Egon Costa da City in Flames nos fez o convite pra gravarmos uma faixa para divulgarmos ao mesmo tempo a banda e o trabalho de produção do Estúdio. Mas quando vimos os materiais à nossa disposição resolvemos “coçar o bolso” e gravar o máximo de faixas possível.
Infelizmente o nosso orçamento só deu pra essas 06. Ensaiamos muito desde meados de 2010, trabalhando em novos arranjos, tentando “limpar” as faixas. Recebemos e acolhemos algumas boas idéias do pessoal do Estúdio, e estamos bem satisfeitos com o resultado final.
2. Quebrei o protocolo e acabei não perguntando de primeira sobre a formação da banda e história desta, desculpem-me é que estou tão empolgado com o EP que acabei querendo saber mais dele, mas contem um pouco como surgiu a Buster, as formações que já tiveram e como se deu essa atual e linda formação?
Bem, a idéia de ter uma banda começa quando um carinha do grupo ganha um violão e o resto vai na mesma onda. Aí brincamos um pouco de “Luau MTV” e daqui a pouco já estávamos tocando Ramones e começando a compor nossas próprias bases.
Foi quando, mais ou menos, em meados de 2003, Eu, Thiago e Danilo resolvemos fazer um som um pouco mais voltado pro hardcore melódico. Aí surgiu a Buster. O problema era que Thiago não gostava de tocar baixo, o lance dele sempre foi guitarra. Pra resolver o problema, um parceiro nosso, Diego Reis, que hoje toca na Vivendo do Ócio, passou a nossa 1° demo pra Rodrigo. Aí foi paixão recíproca à primeira vista. Estamos juntos desde 2005 nessa 2° formação com 02 guitarras.
3. Sempre que ouço Buster ou escuto falarem da Buster logo vem em minha mente algo relacionado com o skate. Essa ligação ficou ainda mais explicita com a arte do EP, qual é a real ligação de vocês com o skate? Tem algum atleta na banda?
Skate e som apareceram em nossas vidas meio que ao mesmo tempo. A gente sempre viajou nas trilhas sonoras dos filmes de skate. Muitas influências da banda vieram de créditos de vídeos numa época em que a internet era quase inacessível.
Desde o início da banda é comum um “gaz” antes ou depois de ensaios ou apresentações. Infelizmente outros projetos nos impediram de trilhar a profissão dos nossos sonhos, mas o amor pelo esporte é tão grande que acho que só pararemos de andar de skate quando as pernas não agüentarem mais, e olhe lá... risos.
4. Falando da arte do EP, quem a assinou? De quem foi a idéia? Contem-nos tudo sobre o processo de elaboração da parte gráfica do EP.
Ludmila Cunha é uma designer que trabalha no jornal mais conhecido da Bahia. Ela é conhecida de Rodrigo há muitos anos. A idéia de fazer uma arte relacionada com skate sempre existiu. Só tínhamos receio de utilizá-la por causa de Thiago, que é o único na banda que não anda de skate (ainda). Mas por conta da ausência de outra idéia unânime, ele acabou cedendo. Ludmila nos levou pra fazermos uma sessão de fotos na pista de skate dos Barris em Salvador-BA, e deixamos tudo por conta dela. O resultado foi muito além da qualidade que esperávamos. Aproveitamos a oportunidade para agradecê-la mais uma vez. Obrigado Lud!

5. O EP está sendo distribuído por algum selo ou distro? Quem quiser adquirir qual a melhor forma?
Por enquanto não, mas quem quiser nos dar essa força distribuindo ou adquirindo o EP é só entrar em contato conosco através do e-mail buster-box@hotmail.com.
6. Algumas músicas do EP são inéditas, ou seja, sem nenhuma gravação anterior, mas faixas como “The Same Way” já tem uma gravação que roda a internet, entretanto no EP ganharam uma roupagem nova. De quem foi a decisão de fazer novos arranjos e porque não apenas regravaram no formato original?
Dar uma nova roupagem para as bases foi um processo meio que natural. Essas bases já estão aí há muitos anos e acaba sendo inevitável agregar a elas arranjos novos que achamos que ficaram mais legais do que os gravados inicialmente. Contamos também com a produção do pessoal do Estúdio Revolusom que nos deram muitas noções de como executar as músicas na gravação, além de sugerirem boas idéias de arranjos, principalmente nos backing vocais. No mais, ainda conta o fato de que havia alguns elementos nas faixas que realmente precisavam ser “lapidados” no processo de pré-produção do EP.
7. Como é o processo de composição das músicas?
A maioria das músicas surgem da criatividade de Thiago que compõe as melodias quase que exclusivamente. As letras também são compostas por ele, mas contam com a colaboração de Rodrigo e da minha (Gustavo). Quando Thiago acha alguma letra que encaixa na melodia ele grava voz e violão e manda pra a gente ir pensando nos arranjos. Em alguns ensaios e as músicas ficam prontas.
8. Vocês fazem um som que no final dos anos
Nunca tinha pensado a respeito desse questionamento: será que fui determinado pelos “valores” vigentes na época em que comecei a escutar rock? Talvez sim. Nós curtimos muitos sons lançados por agora também, mas o fato é que todos eles se remetem, de alguma forma, aos anos 80 e 90 do punk/hardcore. Fazemos o som que gostamos e isso é o que mais importa. Não damos a mínima para o que está na moda.
9. No dia do lançamento do EP vocês tocaram junto com a Plastic Fire (RJ) e outras bandas locais de grande relevância para o hardcore e underground baiano. Como foi esse show? Foi um bom show para se lançar o EP?
Pra mim não poderia ter sido melhor. Poucas vezes me diverti tanto num som. As bandas que tocaram lá são todas simplesmente sensacionais, o equipamento de som estava digno, o espaço é muito agradável e a galera compareceu em massa e agitou até não poder mais. Paro por aqui porque prefiro deixar as resenhas dos shows pra quem entende... rsrs.

10. 2011 começou muito bem pra vocês: Lançamento do EP, primeiro show fora do estado...Quais são os projetos para o resto desse ano? Pensam em lançar um Full-length ainda esse ano?
O projeto desse ano é divulgar esse EP o máximo possível e terminar de compor algumas músicas pra lançar o Full-length em 2012.
11. Já que toquei no assunto, como foi tocar fora do estado pela primeira vez? Contem-nos a experiência de tocar em Aracaju (SE). Quais impressões trouxeram das bandas de lá e como foi o show em si?
Tocar fora do estado foi uma experiência muito rica pra todos na banda. Aracaju tem uma orla muito bonita, lindas mulheres, uma pista de skate animal e uma cena hardcore, à primeira vista, bem interessante. O problema foi a correria que antecedeu o dia do show em Aracaju. Na noite anterior ao lançamento do EP em Salvador varamos a madrugada no estúdio pra finalizar o processo de Masterização. No dia do lançamento do EP estávamos literalmente manufaturando as capinhas (impressas na gráfica e montadas à mão por nós mesmos) e queimando os CDs. No mesmo dia tivemos que ficar no show até o final pra ajudar a desarmar o som e praticamente não dormimos pra pegar a estrada Salvador – Aracaju no dia seguinte. Chegamos em Aracaju praticamente na hora do som extremamente cansados. Fomos bem acolhidos pela galera da Rótulo que livrou um rango e nos guiou até o local do evento. O espaço era amplo e estava cheio num dado momento do som. A aparelhagem estava muito boa, com bateria microfonada e tudo. Gostei das bandas que vi, principalmente, a Nucleador. Fechamos o show já quase amanhecendo. Tocamos 08 músicas por causa da voz de Thiago que sumiu depois de toda “raçudagem” relatada. O mais gratificante foi ver as poucas pessoas que lá estavam quando a gente tocou elogiando a banda após o fim da apresentação. Isso pagou a nossa viagem.
12. Vocês foram uma das bandas a tocar em nosso aniversário de 02 anos, nada mais justo, como foi tocar no aniversário do blog?
Poxa cara, eu me emociono mesmo quando lembro de todo o apoio que você tem nos dado. Sério mesmo. Tocar nos dois anos desse blog que tanto fomenta a nossa cena de Salvador foi um dos melhores convites que tivemos até hoje. E que venham muitos anos e muitas festas pra você e pro Tomanacara.
13. Fiquem a vontade para divulgar o que quiserem, agora mais que nunca o espaço é de vocês.
Queremos agradecer a todos que participaram e participam positivamente das nossas vidas. Aos amigos e às bandas que com certeza contribuíram e contribuem para seguirmos firmes até hoje.
Um forte abraço aos novos parceiros da Plastic Fire e da Rótulo (galera simples e firme nas idéias), foi muito bom conhecer vocês.
Um feliz 2011 pra todos nós.
Links de internet:
Comentários
Só tenho a agradecer a vocês por toda força e amizade em Salvador e Aracajú (pena que não seguiram por mais cidades com nós).
E desejo o melhor pra vcs, pq merecem.
Instrumental redondo, bom vocal e, principalmente, carisma!
O EP rolou por toda na parte que fizemos de carro.
obs: essa semana tenho divulgado no Facebook as (boas) bandas que tocaram conosco pelo Nordeste, e claro, comecei por vcs.
Grande abraço.
Tô ouvindo direto "A última cidade livre" do começo ao fim. O trampo tá responsa demais...
A gente se vê em breve.
Abraços pra a galera toda da Plastic Fire.
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