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Cobertura: Coletivo das Ruas apresenta



Texto: Andrei Junquilho

Fotos: Quem souber morre!

A coletividade aflorada em e-mails e em algumas redes sociais prometia, como sempre, um evento espetacular, porém existem situações adversas que insistem em permanecer no caminho do evento. Atraso, chuva, falta de luz e tudo mais que Murphy afirmou em sua lei. Filosofia barata à parte, eis que meto mão para fazer mais uma vez uma resenha de um concerto onde eu toquei e organizei. Uma merda, mas fazer o que se o patrão, Dudu, me força?! 

O tom das suas mensagens via SMS foram ameaçadoras.
O Show estava marcado para as 20:00 h, e adivinhem? A-T-R-A-S-A-M-O-S novamente, porém eu estava lá com minha pontualidade digna de um bom londrino. Esperei a chegada do material para começarmos a montar o coreto no Largo de Dinha para que a festa fosse iniciada. A ansiedade me tomava e os meus companheiros e amigos de banda chegam ao local, e decidimos inverter a posição da grade. Som montado, público no local, alguns dispersos andando pela praia, pelo Irish Pub e outros no Europa, mas ainda sim o largo permanecia bem cheio para o começo das apresentações.

Aphorism - http://soundcloud.com/diogo-og/aphorism-regozijo -, banda da qual faço parte e que conta com uma equipe que já passou por bandas como Fragor e Ódio a primeira Vista, além de Diogo que toca em diversas bandas de Salvador como é o caso da Mapache Man, Jonas e Dispor. Iniciamos com uma “Intro” bem no estilo Isis e Neurosis, onde após emendamos com uma música bem rápida e pesada. A Aphorism segue uma linha que vai do Crust ao Drone, além do meu péssimo hábito de pedir dinheiro no "MIC" para o caixinha do Coletivo. Conseguimos cents de dolar, pesos Argentinos, Real e um camarão. Acreditem! Uma berlotinha da marofa estava lá. rssssss. Encerramos com um cover do Nasum, que errei. Espero que Miezko esteja bem após uma gafe ao esquecer a letra de “Inhale/Exhale”.


A próxima banda a tocar e seguir a ordem inversa da grade é a Buster – http://www.myspace.com/0buster0 -. Primeiro show com a nova formação, que agora conta com Diogo, o multi-homem das baquetas. O Set foi bem curto, com músicas do EP e da compilação idealizada pelo Nenê Altro. A Buster faz um som certinho e redondo, bem aos moldes de bandas Californianas e Santistas. No set list inclusive constava um cover do Garage Fuzz. Um show enérgico com os presentes em estado de frenesi.

Passado o êxtase do Hardcore Californiano dos caras da Buster, surge ao palco, vale ressaltar que não é palco e que eu não vi as duas primeiras músicas, pois estava possesso e quando dei por mim estava longe do show, os Fracassados do Underground http://www.myspace.com/bandafug -. Imagine só?! Fracassar no underground soteropolitano é para poucos, e digamos que o nome hoje não faz jus a energia e a falta de comprometimento dos caras (falta de comprometimento no melhor estilo Fodam-se as formaliddes e não por serem ruins ou realmente fracassados). Fabão, um dos caras mais carismáticos, alegre e bêbado que já conheci em minha vida. Oreahhhhhhhhhhh! Energia ímpar! Rasgo seda para a forma crua que tocam, e esse tem sido um ingrediente para driblarem o Fracasso que foi posto no nome. Os caras participaram de um 3way-Split e recentemente tiveram um video clipe lançado numa grande livraria da cidade (créditos do clipe para Nívea e Lorena). O repertório conta com as músicas do disco 3way, inclusive com a música do clipe: Durmo acordado http://www.youtube.com/watch?v=WHU_Z4u-5K8 e um coverzinho maneiro que Fabão jura não mais tocar pelas tretas e avarias no som de Rogério e Rodrigo, “Six Pack” do lendário Black Flag. Momento CBGB’s em pleno Rio Vermelho. Point Fingers, público tomando o "MIC", cantando em coro, pena que as avarias atrapalharam a execução completa desse belo cover  executado pelos FUG.




Seguindo a lógica da ordem inversa, soam os primeiros acordes da Charlie Chaplin – http://www.myspace.com/charliechaplingoveia -. Banda querida do público de Salvador, carisma esse conquistado pelos ótimos shows executados anteriormente. É clara a receptividade do público presente que canta e dança todas as músicas executadas. Uma verdadeira pista de dança comandada pelo maestro Vicente (Lê-se Demi Moore - piada interna rulez). Rogério também tem destaque com suas performances sexuais com o baixo, uma verdadeira aula de como transar seu instrumento. Coisa Fina!!! Para finalizar o evento, Vicente larga o "mic" e Maicon juntamente com a CC faz um cover do Irmão Carlos e O Catado, engatilham “Beber até morrer” do RxDxPx, 3 a 4 músicas do Colligere seguindo a ordem do cd - Incerto, se não engano-me foi: “Sois senhores do destino”, “Travessia” e “Consumir o tempo”, cantada por Diogo (fominha pacaraí) e por quase todos presentes que tomavam seu mic, inclusive esse resenheiro filhodaputa que vos escreve, e a pedidos meu eis que rola um coverzinho faceiro do Noção de Nada, “Bem Estar II”. Quando pensavam em mais músicas surge mais uma das adversidades citadas em linhas anteriores: A CHUVA. Mas, a festa não foi prejudicada, pois já eram quase 04:00 h da matina e teríamos que encerrar o evento.
Fora os problemas de praxe, que estressam demais, me divertir bastante e garanto que todos que ali estavam também.
Que a próxima seja mais cedo para pedirmos dinheiro enquanto o pessoal ainda não gastou tudo em "goró".
"A rua é nois!"


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