Pular para o conteúdo principal

Siga seu Lider


Domingo, 23/05/2010, acordo 08:30 da manhã, o corpo cansado, a cabeça pesada e uma vontade de não sair da cama. Lembro-me do compromisso que tinha. Levantei, fui até à janela e deparo-me com um dilúvio. Penso: " Não vai ter mais nada!", mas não é bem assim que tudo funciona, então resolvo comer, tomar um banho e ir ao encontro do pessoal, que muito provavelmente, não estariam no local combinado para pegarmos a van e sairmos para o destino do show. Vou ao ponto e lá ainda espero bastante tempo para pegar um ônibus. Já eram 09:40 quando consigo pegar um ônibus. O trânsito estava livre, mas alguns locais por onde passei estavam alagados, o que me fez atrasar um pouco. Fui o último a chegar, e diferente de mim estavam todos felizes e sorrindo. Como conseguem sorrir tanto logo após pouco tempo de acordar? 10:00 hs e a Van chega. Não era Seu João que estava ao volante e sim seu filho (João Júnior, João Filho...). Colocamos nossos instrumentos, nos acomodamos e partimos para Cruz das Almas.

Seguimos a BR - 324, depois passamos para 101, e enquanto tentávamos nos concentrar nas paisagens e placas da estrada, buscando ver quais munícipíos localizavam-se naquela região, nosso querido amigo (leia-se torturador) Danilo (Diante dos Olhos), apossou-se do som da Sprinter e foi comandando a festa com suas músicas incompletas e total indecisão. Começamos com Green Day, passamos por Ratos de Porão, MiniSTEREOpúblico (quase nínguem queria ouvir, acho que só Danilo mesmo!), Projeto Peixe Morto, Jonas, Viados, A Sangue Frio, Fullheart, Lobotomia, Adcional, quando já estávamos a meia hora de chegar ao local Danilo teve a brilhante idéia de tocar a coletânea que fizemos chamada Zumbi Paloso, que conta com 4 bandas da Mini Tour (Demonkrätzie, Nucleador, Derrube o Muro e Homem Meteoro), além da City in Flames. Parece que algo saiu diferente do esperado. Será que o som pifou? Desconfigurou? Alguém apertou repeat involuntariamente? Nada disso, o bicho que tava pirraçando todo mundo e so no fim do rolé caiu à ficha de como aquilo ficou na nossa mente. O desespero foi maior porque repetia os primeiros 40 segundos da mesma musica e acabamos sendo torturados pela repetição contínua do breakdown inicial dessa música ““dududu-dududududu” Resumindo: FOMOS ATÉ CRUZ OUVINDO APENAS ISSO, TORTURA!!! (apertação de mente mode on). Homenagem lógico a Dudu, o dono da tour.

Chegando lá, ligamos para Cláudio (organizador do evento) para sabermos onde era o local do show e sua casa. Conseguimos obter comunicação, comunicação essa que deixou Doriva bastante animado para fazer inúmeros shows em Cruz, e finalmente nos encontramos com Cláudio, que nos levou até sua casa e se mostrou um cara super gente fina. Um cara simples, bastante receptivo e bastante apaixonado pelo que faz e acredita. Foda! Chegamos na hora do rango. Sentamos, comemos e comemos muito. O Rango tava uma delícia (A mãe de Cláudio representou demais!!!!). Depois do rango fomos dar uma volta na praça até o show começar. Morgamos por lá e quando já eram 15:00hs fomos ao espaço passar o som e começar o show. Como essa resenha não dará para eu, Andrei, apenas fazê-la contará com a colaboração de Danilo que agora falará sobre a primeira banda a se apresentar. Espero que a passagem de som de todas sejam evidenciadas! Passo a bola pra Dan...

A HOMEM METEORO - http://myspace.com/homemmeteoro - vai chegando ao palco e o publico já presente no local começava a se agregar para ver o som dos caras. Chega um careca grande na bateria, 2 sem camisa, bermuda floral sendo que um era barrigudo e o vocalista cabeçudo, essa era a Homem Meteoro.
Imagino que o publico rockeiro, quase todos vestidos de preto, figurino clássico num show de rock pesado (entenda-se metal) devia se perguntar são esses caras que tocam metal? Zombie tour? Logo no primeiro minuto de show pode-se perceber que a banda não estava pra brincadeira e confirmou com seu som caótico. O vocalista Andrei mesmo com a voz fudida logo nos seus primeiros sussurros mostrou pra que veio. Parecia que todas as folhas das arvores iam cair e os bichos tinham saído correndo devido a tamanha barulheira (boa por sinal). De bicho só algumas galinhas apareceram no fim do show pra dar um saque no som. Eles tocaram basicamente as musicas do seu EP e algumas novas, onde todas chamaram atenção do publico. Particularmente gostei bastante da formação com apenas uma guitar, Tchanka manda muito bem na guitar e segurou legal. O publico também gostou bastante, a galera agitou, nego batendo cabeça geral, foi irado! Não esquecer que durante a passagem de som da banda, rolou a musica mais tocada da viagem, que iria se tornar o hit do dia por todas as bandas, “dududu-dududududu”

Depois de tocar, magoar o tornozelo sempre lenhado com um deslize no palco de alvenaria do bar Hora Certa, fui à banquinha para descansar e já tinha dito a Dudu que dessa vez eu assistiria o show da DEMONKRÄTZIE - http://myspace.com/demonkratzie -, pois em Salvador eu tinha ficado na portaria e perdi um showzaço. Tendo a total compreensão de Dudu, fui pra frente do palco. Os caras ainda passavam o som (tugudu ta...) e eu já sentia que o negócio ia tremer. O trio estava empolgado por tocar numa floresta, acho que qualquer tr00 metal ia sentir inveja por nunca ter tocado numa floresta, mesmo que tal floresta seja tropical e não gélida. Deixando a enrolação textual de lado, vamos ao show. O trio (na verdade a banda é um quarteto), mesmo sem seu front man Dudu (aju) mostrou-se perfeito na execução de seu set list. Músicas extremamente rápidas, bem tocadas, passeando pelo powerviolence, thrashcore, crossover e acreditem, não é pelo fato do Greg (amigo do Chris no seriado todo mundo odeia Chris) ter uma guitarra rocker, estilo Hellacopters, mas pelos acordes que evidenciam sua influência rocker dentro da porrada sonora que fazem. Totalmente foda! Dudu já tinha citado isso na resenha anterior, mas gostaria de evidenciar os vocais alternados entre graves (Mauricio) e agudos (Silvio). O bagulho ficou legal. A banda poderia ter três vocais agora, né? Lembrando que Adriano também cantou uma música. Por que a Demon não faz que nem o Titãs? Todo mundo canta na banda. Acho válido. Espero que considerem isso, ok?! Voltando para o show. Eles mostraram muito entrosamento nas músicas antigas, gravadas no "disquin" maneiro deles, e nas músicas novas também mostraram tais qualidades, além das novas influências citadas. Já no final do show, os caras chamam Digão (Derrube o Muro) para fazer um cover com eles. E eu já estava morgado por causa da minha lesão na perna, quando despertei com "Crocodila" (RDP). Digão cantando, mostrando que é um cara versátil e multi instrumentista. Acabado o cover, os caras chamam Diogo (Derrube o Muro e coletivo CEC) para tocar bateria num cover, onde Digão também cantaria, cover da banda paulistana I Shot Cyrus, "Na Lâmina da Faca".
Aproveitando a deixa dos mics de Silvio estarem sobrando, enquanto o mesmo tocava, Adriano (batera da demoncrack) resolve cantar com Digão, e eu, Andrei, também arrisco lembrar o refrão da música... Acho que lembrei perfeitamente!
Pois bem! Ultima música do show dos caras e meu desejo tinha sido realizado. Ver um som foda, em um lugar foda e ainda cantar uma musiquinha com os caras. Essas jams tinham começado desde a HM com Digão tocando estrela do Life is a Lie, e eu, particularmente, acho bacana essa interação entre as bandas.

Encerrado a Demontrio, chegou a hora dos cruzalmenses verem e ouvirem, isso se algum não fosse nocauteado (DOM dá nocaute), a DERRUBE O MURO - http://myspace.com/derrubeomuro -. Hardcore de brau pra brau. Isso mesmo! Os caras se acham braus, acham que o som é de brau e que tocam pra brau. Maravilhoso isso! A realidade é essa, som das ruas soteropolitanas e não de Nova Iorque. A energia do show dos caras é impar, constantemente os dois vocais: Dudu e Doriva, estão agitando com o público, dando e recebendo porrada que nem uma roda de carnaval. Realmente uma mistura de um show do Chicletão com o Sick of it All. A banda é bem politizada e segue a idéia de passar uma mensagem em suas letras que falam de vegetarianismo, homofobia (acho que tocaram bem umas 5 sobre o assunto), dentre muitos outros assuntos. Digão, Dudu e Doriva sempre faziam o grande favor de dizer sobre o que a música queria falar. Clima tenso, Dudu quebra a boca em dois lugares agitando com o público, Doriva está bêbado, não completamente, mas ainda sim bêbado, e a floresta cruzalmense estava transformada em uma verdadeira arena do UFC. Parecia que as árvores eram os corners, o publico degladiava com a banda e a contagem inicial feita pelos pratos de Diogo eram o gongo. Era nítida a sensação de bem estar vista no rosto de Gabriel. Ele estava tocando seu baixo na maior calma, precisão e serenidade baiana, enquanto o bicho pegava. O show mais perfeito que vi deles, acho que a entrada de Diogo (TS) deu uma injeção de ânimo aos caras. Sem dúvidas um misto de fúria, moshs e diversão. No final ainda rolou uma outra jam com a Demon, Nucleador e Derrube o muro, tocando The Varukers, "How do you sleep?".

Murilo teve o trabalho apenas de trocar de guitarra, para começar a mandar o thrash/crossover corrosivo da NUCLEADOR - http://myspace.com/nucleadores - Era o último show da mini tour dos caras mas nada de clima de despedida ou cansaço, os caras estavam a postos e começaram com a já característica Intro, seguida da pancada "Municipal Wasted", até eu que não tenho cabelo grande estava balançando os meus!!!Os caras impressionantemente não paravam entre uma música e outra, tudo coladinho e coeso. Como verdadeiros representantes do crossover mandaram um cover do D.R.I, aba reta total!!!!E no meio do show, Petoh (O mais empolgado do rolê) furou a pele do bumbo, nada que tirasse o brilho da apresentação dos caras, muito pelo contrário serviu até de um descanso para banda, porém Murilo mostrava todo seu conhecimento em trilhas de desenhos animados enquanto o pessoal dava um jeito na bateria. Ok, bateria pronta, voltemos a destruição!!!Seguindo o ritmo da primeira metade do show, uma música colada na outra sem pausas. Eis que uma rapa de doido sobe ao palco, era a galera das outras bandas que retornariam a Salvador de van se despedindo dos caras, mas algumas poucas músicas e finda-se o show da Nucleador.

Porém o clima Thrash perdurava na van, pois voltamos ao som das guitarras ultrathrashers de Edcity e sentindo o odor dos peidos corrosivos de Doriva, mas o show havia acabado apenas para gente, pois o clima em Cruz das Almas havia fechado, pois a banda Unprosperity subia ao palco, para descrever essa apresentação nosso anfitrião Claudio:

Depois de 4 apresentações fantásticas, eis que sobe ao palco a anfitriã UNPROSPERITY - http://www.myspace.com/unprosperity - trazendo sua essência Dark Metal. Esta com uma difícil missão: continuar a perfeição das outras apresentações. A Unprosperity que conta com membros já conhecidos do cenário cruzalmense Wederson Oliveira (guitarra e voz), Idno Death (batera) e mais Jamille Lust (guitarra e teclado) e Joilson Necronomicon (baixo). A banda fez sua primeira apresentação depois do lançamento da demo "7º Portão" em fevereiro de 2010 e incendiaram o palco colocando os bangers pra gladiação executando muito bem as canções. A horda começou o show com a música “Morto no mar” mostrando logo de cara sua melodia e brutalidade e confirmando em alto nível as expectativas geradas com a repercussão da demo. Em seguida entrou o teclado da sombria melodia “Tempo dos infiéis” que traz uma perfeita sintonia com a letra. Mas o melhor estava por vir, quando a banda “abriu o 7º Portão” o público viu de perto toda a destruição sonora e ainda pode cantar o refrão junto ao palco. Para manter o clima infernal a banda executou grandes clássicos do Metal para êxtase de qualquer headbanger “Midnight Queen” da banda brasileira Sarcófago e “Morality of a Dark Age” do Rotting Christ, grandes fontes de inspiração da Unprosperity. A apresentação ainda teve a diabolicamente sedutora canção “Sereia” (da demo) e como era de se esperar, foi muito bem recebida pelo público. No fim, ficou a sensação de satisfação para aqueles que marcaram presença nesse histórico evento.

Comentários

Anônimo disse…
Cláudio tb perdeu o cabaço das resenhas


Andrei
Eduardo disse…
Vários cabaços tirados!!!!
Anônimo disse…
Cabaço + Doriva = perigo

hahahhaha

Andrei
Eduardo disse…
"O Amor não tem idade" huahuahuahuahuahuahu
Anônimo disse…
ué..num rolou "exclusos" em cruz das almas?????
Tchanka disse…
1º: Tugududu, tugu tugu tugu Tugududu (tu tu pá!)
+_+

2º: "Traíra, traíra, você tá na mira!"
Edcity rules!! |,,|

3º: Fiquei intoxicado com os peidos de Doriva! Tava dormindo e acordei por causa da bufa... :P

Boa resenha, cabeça! Acho que nada foi esquecido!
xEduardox disse…
Anônimo: Exclusos foi excluído auhahuuhauauhauhahuahuauhahua

Os caras tiveram um probs com o baterista, e não tocaram.


Tchanka: O rolé foi sinistroooooooooooo!!!
Claudio Azevedo disse…
ahushauhsuahsuhaus
perdi o cabação
ASHuAHSHASUHAUSHUAHS

vocês são foda... o show foi foda
espero vocês para o próximo
hehehehehe
Eduardo disse…
Pow sempre que der, tamujunto aê!!

Valeu Claudio, espancou na resenha!

Postagens mais visitadas deste blog

Cobertura dos melhores momentos do Palco do Rock 2009

Por: Rodrigo Gagliano. Nesta edição colaborou conosco o Rodrigo Gagliano , membro de várias bandas que foram/são importante para o cenário underground soteropolitano, dentre elas a Charlie Chaplin. O Rodrigo, acompanhou todos os dias do festival PALCO DO ROCK, e teceu suas considerações. DIVIRTAM-SE! Dia 21/02/09 – Sábado Primeiro dia. Não curti nenhuma banda. Não é só em relação a estilo, às vezes é algo que não gosto, mas posso ver algo interessante e tal. No máximo na banda grande, mas tinha muito pula-pula, muita braulêra! Na verdade não lembro da banda de Thrash Metal 80´s. Teve ainda, a Pastel de Miolos que tem algumas coisas que gosto, principalmente de coisas mais antigas, como costuma ser comigo. Dia 22/02/09 – Domingo Segundo dia. Fui com Íris e Antonio (amigos pessoais do Rodrigo) que queriam ver a primeira banda, Endiometriose . Banda de Feira de Santana, composta por meninas. Tocaram muitos covers em relação a quantidade de músicas próprias.Ponto negativo, pois ficou parec

ENTREVISTA COM NERDS ATTACK!

Em mais uma entrevista feita para o blog, trazemos dessa vez um papo que tivemos, via e-mail, com os queridos Nerds Attack! (SP). A banda fala um pouco de como foi a tour pelo Nordeste em 2007, sobre a postura da banda e claro sobre música. Espero que seja uma leitura prazerosa. 1 - Bom para começar esse papo gostaria que falassem um pouco do início da banda. Idéia para formar? Como se conheceram? A proposta e tudo mais. Nerds Attack!: Como muitos sabem, Fabiano, Xopô e Barreto, tinham outra banda, o F.O.M.I, uma banda de grindcore, o fato é que, principalmente Fabiano e Barreto, nunca gostaram de tocar grindcore, o F.O.M.I já estava à beira do fim, problemas de amizade entre alguns integrantes e tal...Em uma tarde de Domingo, em um ensaio do F.O.M.I, o baterista, que na época era o Jonas (Hoje um dos vocais do Massacre em Alphaville, grande amigo!) não compareceu, Xopô sempre estava Fabiano e Barreto, devido a amizade sempre ter sido forte, resumindo: Xopô que mora perto do estúdio

Cobertura: Lançamento EP da Weise

Resenha: xDudux Fotos: Divulgação, Fotolog Weise, Maria Claudia Vou começar logo dizendo que o show foi uma merda, não pela qualidade das bandas ou pelo local e sim pelo público que mais uma vez decepcionou não indo ao show. Engraçado que tinha um bom tempo que não ia a um show roque undergrudi e esse eu estava cheio de expectativas, achei realmente que iria dar certo, o line up estava muito bom, mas não sei o que acontece nessa merda de cidade que a galera não quer tirar o cu de casa. O show da Charlie Chaplin - http://www.myspace.com/charliechaplingoveia - foi bem frio e bastante diferente dos shows da Charlie Chaplin que estou habituado. Executaram o mesmo set dos últimos shows que fui, porém surpreenderam com covers como "I Thought It Was Only A Brand New Start" , da banda paulista Dance of Days e da também paulista Shame. Fora esses ainda mandaram um " One armed Scissor", da norte americana At the Drive-In, nesse momento acontece o primeiro evento No S