Fotos: Fernando Gomes e diversas
Sábado e um calor infernal em Nagôland, e enquanto muitos gostariam de mergulhar numa piscina pra resfrescar, outros estavam indo pra um lugar mais quente ainda. E eu não tô falando das festas modernas, me refiro à comemoração do aniversário de 3 anos do Tomanacarahc, este blog que você está lendo agora. Comemoração essa que seria o festival de hardcore anual da cidade. Sim, anual, antes desse não houve nenhum show com a mesma proposta, sad but true!
O evento estava marcado pra ter o seu início às 21:00h, atrasos já eram previstos por todos que frequentam shows, mas creio que a grade poderia ter sido mais bem pensada, pois os primeiros a se apresentarem e darem o ar da graça eram os novatos (porém veteranos) da Dispor - http://dispor.wordpress.com/musicas -. Digo isso, pois a banda pouco antes teve uma apresentação
A segunda banda da noite foi a pouco aclamada (injustamente na minha opinião) Derrube o Muro – http://www.myspace.com/derrubeomuro - . Durante o show, Rodrigo (guitarra) confirmou pros presentes que a banda só estava tocando no festival porque dois integrantes são os Owners do blog, o que não é verdade. Deixo claro agora que eles só tocaram porque eu quis, e a minha vontade é sempre atendida porque eu sou um rapaz muito bom. Gostei bastante do clima do show não só pela execução bem segura das musicas e empolgação de todos os integrantes, mas pelo comprometimento da banda em fazer os presentes entenderem que temos que valorizar o que quase já não temos mais. Salvador tinha lugares que eram nossos, onde as coisas aconteciam, e nos reduzimos a shows anuais em pubs, boates e coisas do tipo, como indagou Doriva (vocal) em um momento raro de discurso num show: “Onde viemos parar?” Bom pra refletir mesmo. E nesse clima, o show se resumiu a musicas da demo (duas delas com minha humilde porém ilustre participação empolgada e fofa – foi o que disseram), algumas que não foram gravadas e um cover do Ratos de Porão com participação mais que sensual de Rogério Gagliano (Charlie Chaplin) no baixo pra finalizar.
As próximas atrações seriam dois grupos de Rap, dos quais eu não assisti por motivos de força muito maior. E já que Dudu estava la curtindo, passo a bola pra ele comentar.
Agora retorno o leriado pra Dill, porque o comando é dele nessa porra.
Na seqüência seria o êxtase. O momento mais esperado da noite e a revelação de que não era “major brinks com as galere”. Eles estavam lá em carne e osso, reunidos e se preparando pra fazer um show histórico pra muitos jovens que se divertiam até não poder mais no velho Espaço Insurgente. Infelizmente não sou um dos que vivenciou essa época e estava la pra vê-los pela primeira vez.
Estou falando da Veredicto – http://www.myspace.com/veredicto -. Banda muito querida por muitos Salvador a fora, muitos que aliás não foram ao show, o que pra mim foi uma surpresa. Esperava ver o dobro de pessoas pelo menos no momento que eles tocaram. Sem se importar muito com o modesto numero de espectadores, a banda sem muito papo foi tocando o seu set curto, porém violento. Dava pra sentir a energia que saia do palco e a emoção de Fernando Gomes (vocal) por estar tocando com a Veredicto de novo, depois de anos após o fim da banda, com direito a palavras emocionadas de agradecimento a todos que participaram da história da banda de alguma forma e a execução da melhor musica deles, e do show, “Livros e Flores”. Nem Gabriel que já havia tocado em duas bandas demonstrou qualquer sinal de cansaço. Com toda certeza a banda foi quem mais ficou feliz com o show, que teve o momento de maior participação do público, que por sua vez, pela primeira vez na noite esboçou alguns sinais de empolgação.
Assim chegamos ao fim de mais uma edição do Festival Tomanacara. E que dure anos mais com melhorias em todos os sentidos.
Considerações finais: Apesar de eu ter gostado do evento, Salvador semi-acabou, Dudu e Gabriel mais uma vez estão de parabéns, assim como todas as bandas que se apresentaram e todos que ainda acreditam. E me escalem pra escrever resenha de show com no máximo 3 bandas, acho que estourei o limite de caracteres.
Comentários
enfim... nos tornemos combatentes levantando em ódio, contra a mesmice que nos mata e aliena!! resistir ao cotidiano subjulgo e sair da escuridão que fomos jogados como espaço único para se sonhar!!!
;)
Rodrigo: Eu estou pensando em por uns gogo boys e gogo girls nos shows, pra dar uma animada e atrair público.