Texto: Andrei Junquilho
“Rodrigo diz: - Todo show que faço o
som, chego três horas antes para montar tudo. Nunca atraso!
Antônio retruca: - Beleza, Véi!
(Risos)”.
Após esse
dialogo, exatamente dia 07/07/2012, o som marcado para às 19:00 h, pela lógica
da conversa tida entre Antonio e Rodrigo, era para Rodrigo está às 16:00 h no
local do som. Enfim! Essa conversa só foi para encher chouriça e aumentar
algumas linhas dessa resenha. Eis que vamos até a resenha.
Show
confirmado na quinta feira, pouca divulgação, embora tenham surgidos algumas
polêmicas em torno desse show. Boatos! Simples assim! Tudo isso é bastante
costumeiro na cidade que cheira a uréia e crack, mas deixemos isso para lá e
foquemos no show do Coletivo das Ruas. Serei rápido e tentarei expressar todo o
evento em poucas linhas.
Primeira
banda a se apresentar: Renegados of
Planet - http://tramavirtual.uol.com.br/renegados_of_planet -, confesso que nunca tinha ouvido
falar e fiquei curioso para saber do que tratava-se, porém a primeira impressão
não foi lá muito agradável. Achei que pelo tempo de banda, segundo Doriva me
contou que já estão juntos a algum tempo, iriam me surpreender, mas o que pude
notar foi um pouco de falta de entrosamento. Ensaios, na maioria das vezes
servem para solucionar esse problema, mas quem sou eu para dizer que os caras
não ensaiam? Apesar desse problema e das músicas dos caras não soarem bem
"coladinhas" o público parecia contente e agitava a cada canção que
os Renegados tocavam. Ponto engraçado e comentado durante, e após, o show foi a
visão que tivemos de um cara com a camisa do Bahia, bastante alegre apesar da
derrota do tricolor para o time da Estrela Solitária. Ele pogava estranhamente,
parecendo um mamulengo em pleno centro histórico recifense. Sensacional!!!
Ganhei a noite, e garanto que Dill também, depois de darmos uma conferida nos
"passos descompassados" (paradoxo dos infernos) do carinha que estava
pogando.
Após a apresentação
dos Renegados, espero que a segunda audição deles me faça mudar a idéia passada
nas linhas anteriores, seria a Wändä Cheese a próxima a apresentar, mas como
Rodrigo e Rogério iriam apresentar-se com uma banda tributo aos Novos Baianos
em um bar (Visca) perto do evento do Coletivo, passamos a bola para eles, para
que pudéssemos conferir a reunião da Capitalixo
– http://www.myspace.com/capitalixo -, projeto que os caras
tinham a tempos e que se dissolveu por motivos que não sei, mas que nesse dia
estavam a executar o bom e o velho hardcore. Como sempre fui fã, ou melhor,
quase fã, pois não sou fã de ninguém e como Dudu disse em conversa com Dill: "Andrei é quase fã dele mesmo",
e é verdade, sou quase fã de mim mesmo... um dia chego lá! Chega de encher
chouriça, novamente, e vamos cumprir a promessa de acabar logo com essa resenha
em poucas linhas. A formação da reunião foi apenas um duo. Nilinho e Pedro
(ex-integrantes da Capitalixo), por motivos particulares não fizeram parte
dessa reunião, mas a formação "Cosme e Damião" nos agradou bastante.
Executando músicas da fase Nilinho e da fase Pedro, além de covers do Discarga
e do Escato (R.I.P) grande expoente do Anarco-Punk nacional. O show foi bacana,
ainda contou com as serradas de Mic de Antonio, Dudu e Doriva. Diversão
garantida, dinheiro na sacola (Rodrigo poderia ser pastor. Sabe pedir dinheiro,
viu?!), e em mim, pelo menos me trouxe uma coisa boa esse show. Pude conferir
Rogério tocando hardcore novamente. Esperaria que ele fizesse um dia outro som
bagacento, após seu ultimo projeto, Hoje Você morre ter declinado. Ah!!! Ia
esquecendo a participação de Carlinhos (Irmão Carlos e o Catado) num cover de "Vou fazer Cocô” do conjunto Garotos
Podres. Coisa fina!
Show dos
caras acaba, eles levam um dos amps para o Visca, e quem toma a vez é a pior
banda de todos os tempos surgida em nossa cidade: Wändä Cheese - http://www.facebook.com/WandaCheese
-. Isso mesmo! Eu acho uma merda escrever sobre a banda da qual você faz parte,
mas como sendo a "Wandinha" uma banda descompromissada, ruim,
zuadenta e sem meias palavras, eis que mais uma vez sou obrigado a fazer a
porra da resenha. Cê me paga, Dudu. Na Wändä Cheese existia um clima de
reconciliação e um certo desconforto por boatos, o que traria para as nossas
cabeças doentes um arsenal de piadas e afins, mas até que fomos maneiros e nos
focamos em conseguir a façanha de executar o set list do disco, reduzido a
apenas 7 faixas + a intro (músicas contidas no
debut album lançado pelo Selo Russo - The Monster of Zazanov not is
Dead, intitulado – “Meu escritório é o Pelô”). Em clima de UFC, inspirado pelo
grande piadista Chael Sonnen, deferimos piadas e porradas no público. Wändä
Cheese é uma grande pedida para quem tem mal gosto. Um misto de CQC + programa
Silvio Santos + Narração de BAVI pela AM + minhas resenhas + Powerviolence.
Aposto que Varg Vikernes iria amar tudo isso e iria beber umas cervas com
Doriva, além de querer fazer a versão de “Ezra
Scriba (aquele que ajuda)”, cantada em sua língua nativa.
Cansado
após a péssima apresentação da Wändä Cheese, saio para comer e voltar a tempo
para pegar a volta da Orelha Seca - http://www.myspace.com/orelhaseca
-, mas a porção extra de leite condensado do Suco 24 h me fez perder o tempo,
então passo a bola para quem estava lá para conferir a volta dos caras.
Orelha Seca
se aprontando pra tocar, expectativa muito grande de ver após uns anos essa
banda, com nova formação, Jobson assumindo a batera, porém como os caras da
Renegades tinham que ir embora, eles tinham que levar os pratos, e Jobson
(Raçudo) tocou só com o chimbal, pois ele esperava que levassem os pratos pra
ele usar, mas isso num impediu da festa continuar, eu particularmente não
conheço as musicas antigas do Orelha seca, mas vendo Mano Doris cantar e tocar
baixo naquela energia, putz foi foda, mesmo com Monstrinho errando e parando de
tocar no meio das musicas eu gostei do show, só falta mais entrosamento.
Comentários
E a concordância não está errada, eu deixei como se estivesse falando mesmo.
quem é esse anonimo ai?