Pular para o conteúdo principal

ENTREVISTA COM VELOTROZ


Nesta edição, mais uma entrevista com uma banda soteropolitana, dessa vez a banda não é de hardcore ou metal, fazem um som bem mais leve, porém altamente criativo, fiquem agora com a entrevista do Toma na Cara com a banda VELOTROZ.

1. Primordialmente gostaria de agradecer a banda por ter se disposto a responder as perguntas que irão se seguir. De logo peço para que apresentem a banda para os que ainda não a conhecem, quem é a Velotroz?

Tássio: A Velotroz somos nós 5. Tássio Carneiro, que toca guitarra, violão e teclado; Giovani Cidreira, vocalista e também toca violão; Caio Araújo, baixista; Jeferson Dantas, bateria e Danilo Souza, guitarra muito louca, agora Filipe Cerqueira ( primo de Giovani) faz percussão em algumas gravações e shows,

2. Como se conheceram e como foi esse processo de montar uma banda, que digamos não é tão convencional assim?

Tássio: Cada um se conheceu de um jeito diferente...Tudo foi um tanto quanto complicado..hehehehe...Jeferson e Danilo se conheciam desde a infância e já tinham uma banda, a Platô. Nessa mesma banda tocava Eric que era colega de escola tanto de Jeferson quanto meu. Danilo e Giovani também se conheciam há algum tempo e também tinham uma banda, a Gramodisco.


Caio: Eu conhecia Danilo da escola e tocava com o irmão dele em uma banda de hardcore (Abiolise).


Tássio: Eu, que não estava em banda nenhuma, e Eric, quando saiu da Platô, tínhamos planos para formar alguma banda...Aí chegou num momento em que todas as forças convergiram para um só ponto e rolou um big bang ao contrário.

3. Qual a temática das letras da Velotroz?

Tássio: A temática é livre. Até hoje a gente só discutiu sobre as letras que foram escritas e não as que vamos escrever. Mas acontece que nesse primeiro EP a gente fez um trabalho com a temática urbana. Simplesmente coincidiu de todo mundo na banda estar escrevendo sobre problemas com a administração do tempo, burocracia, paranóia, suicídio, marginalidade, crises existenciais, sonho de dias melhores, problemas de relacionamento etc. Então tudo é muito concreto, vivenciado...Não quer dizer que vamos passar a vida toda falando sobre isso.

4. Quem compõe na banda? E o que os inspira na hora de escrever ou compor uma canção?

Tassio: Em geral, é o Marsupilami. Giovane Cidreira: As músicas que escrevo tratam de coisas muito minhas ou de pessoas muito próximas a mim. há coisas que eu não sei dizer, há coisas que gostaria que todo mundo soubesse e não sei dizer... então eu faço música. Na verdade elas já estão prontas... eu só canto, toco .


Caio: filme, jornal, Chico Buarque, Glauber rocha, Isabele Nardone, Yerko


Danilo Souza: coisas do cotidiano


5. Da onde surgiu esse tão peculiar nome: Velotroz?


Tássio: Surgiu de uma aula de história na escola...O professor estava contando alguma coisa de quando ele era criança. E em algum momento ele falou do Velotrol que tinha e tal. O nome com "z" veio na mesma hora na cabeça. Aí eu anotei no fundo do caderno porque já estava atrás de um nome de banda pra tocar com Eric,o ex-tecladista.


6. A banda não toca muito na cidade, vejo que fazem poucos shows, entretanto, vi em algumas apresentações que é detentora de um público animado e fiel, a que se deve essa gama de pessoas que conhecem realmente a banda, mesmo sem ser uma banda que toca todo final de semana? Vocês tem material gravado? E porque não fazem muitos shows?


Tássio: Na maioria das vezes esse público é composto de amigos nossos...Temos um material que foi gravado recentemente e isso meio que responde porque não fazemos tanto show...Porque antes a banda não tinha nada gravado, só uma demo do meio de 2007. Então não rolava um estímulo do tipo, "po, vamos sair por aí mostrando as músicas e tal...daí o pessoal pode ver depois no myspace e não sei o quê..." Aí nesse mês, no dia primeiro de Agosto, nós lançamos nosso primeiro EP, o Parque da Cidade, que tá no- http://www.myspace.com/velotroz - e tá no tramavirtual também pro pessoal baixar. Agora deve rolar de a gente começar a se organizar e sair por aí quebrando quarto de hotel.

7. O que acham da indústria da venda obrigada de ingressos pelas bandas?


Caio: Acho que são uns escrotos que brincam com os sonhos das pessoas, estamos conversando em não participar mais disso.

8. No último show que vi de vocês, senti que as músicas tinham uma pegada bem na linha do Mombojó. Eles são uma influência? Quais são as influências musicais da banda?

Caio: Temos muitas influências de diversos estilos, acho que só eu ouço mombojó ainda, Beatles, Wings, Tropicália, Clube da esquina, David Bowie. Novos Baianos, Led Zeppelin, Jorge Ben, Nirvana, Radiohead, Tim Maia, Rolling Stones, Los Hermanos, The Zombies, Strokes, Arrigo Barnabé, Silverchair, Roberto e Erasmo Carlos, Pink Floyd , Joy Division , Fantasmão, Glauber Rocha, etc etc etc.

9. De quem foi a brilhante idéia de por um teclado na banda? Funcionou bastante, as músicas ficaram ótimas, e dá um toque a mais.

Caio: Foi de Eric, o ex-tecladista. Também percebemos que o teclado é uma coisa bastante importante na composição do som da banda. Quando Eric saiu, Tássio teve que aprender, se não o bicho ia pegar.


10. Sei que Caio faz faculdade de cinema, e inclusive dirigiu o clipe da banda Weise, além de outros projetos que está envolvidos, e os demais componentes da banda, o que fazem além do Velotroz?


Tássio Carneiro cursa direito na Católica e namora com Mariele; Jéferson Dantas engenharia mecânica na Ufba, gosta muito do carro gurgel; Giovani Cidreira, História na Católica, gosta de inventar brincadeiras estranhas como: “brincar de bunda” e “beijo de língua”; Danilo Souza é Técnico em plásticos e trabalha na área, mas gosta de pagode progressivo, adora fantasmão; Caio Araújo faz cinema na ftc e gosta das brincadeiras de Giovane.

11. Alguem ai ouve hardcore? (risos)

Tássio: Caio e Danilo já ouviram na época do ensino médio, mas hoje não traz tanta influência pra banda, Caio era fanático por dead fish, mas hoje ouve mais Roberto Carlos.


12. Aproveitando a pergunta acima, digam o que andam ouvindo ultimamente, e o que acham que merece ser indicado para os leitores do blog ouvir?

Caio: o disco do Ave Sangria de 1974 e Pareço Moderno do Cérebro Eletrônico de 2008 e recomendo : O Vestido Preto de Valentina, Theatro de Seraphin, Charlie Chaplin e Weise.

Tássio: Tô ouvindo o último do Arctic Monkeys. Indico o segundo disco solo de Paul McCartney, o Ram; o primeiro solo de Ney Matogrosso, Água do Céu Pássaro; e o disco de 1971 dos Stones...Sticky Fingers.

13. Quais são os projetos da banda para o futuro?

Caio: Comprar uma Kombi...


Tássio: e continuar gravando e gravando...porque a gente tem um volume bom de canções. Temos músicas até pro terceiro disco, eu acho.

14. Pensam em fazer alguma tour pelo Nordeste ou fora?

Caio e Tássio: Depois de comprar a kombi...a gente faz tour até na Namíbia.

15. Deixem uma mensagem final para os leitores do Toma na Cara.

Não cole na Corda!


LINKS PARA VELOTROZ:










Comentários

Anônimo disse…
esses cara são9 maluco|!
Anônimo disse…
bando de idiota!
Anônimo disse…
Os caras são bons...so precisam de mais ambição...Correr atras do sucesso pq são melhores q o vivendo do ocio mas perdem de goleada em numero de pessoas na comunidade do orkut...
x Toma na Cara x disse…
Anônimo, acho que você também precisa de mais ambição, você precisa aparecer.

;)
Anônimo disse…
e ai !!sem querer ouvi o som de vcs e faz meu estilo de musica , nâo convencional ,o que falta é mais divulgaçâo .

Postagens mais visitadas deste blog

Cobertura dos melhores momentos do Palco do Rock 2009

Por: Rodrigo Gagliano. Nesta edição colaborou conosco o Rodrigo Gagliano , membro de várias bandas que foram/são importante para o cenário underground soteropolitano, dentre elas a Charlie Chaplin. O Rodrigo, acompanhou todos os dias do festival PALCO DO ROCK, e teceu suas considerações. DIVIRTAM-SE! Dia 21/02/09 – Sábado Primeiro dia. Não curti nenhuma banda. Não é só em relação a estilo, às vezes é algo que não gosto, mas posso ver algo interessante e tal. No máximo na banda grande, mas tinha muito pula-pula, muita braulêra! Na verdade não lembro da banda de Thrash Metal 80´s. Teve ainda, a Pastel de Miolos que tem algumas coisas que gosto, principalmente de coisas mais antigas, como costuma ser comigo. Dia 22/02/09 – Domingo Segundo dia. Fui com Íris e Antonio (amigos pessoais do Rodrigo) que queriam ver a primeira banda, Endiometriose . Banda de Feira de Santana, composta por meninas. Tocaram muitos covers em relação a quantidade de músicas próprias.Ponto negativo, pois ficou parec

ENTREVISTA COM NERDS ATTACK!

Em mais uma entrevista feita para o blog, trazemos dessa vez um papo que tivemos, via e-mail, com os queridos Nerds Attack! (SP). A banda fala um pouco de como foi a tour pelo Nordeste em 2007, sobre a postura da banda e claro sobre música. Espero que seja uma leitura prazerosa. 1 - Bom para começar esse papo gostaria que falassem um pouco do início da banda. Idéia para formar? Como se conheceram? A proposta e tudo mais. Nerds Attack!: Como muitos sabem, Fabiano, Xopô e Barreto, tinham outra banda, o F.O.M.I, uma banda de grindcore, o fato é que, principalmente Fabiano e Barreto, nunca gostaram de tocar grindcore, o F.O.M.I já estava à beira do fim, problemas de amizade entre alguns integrantes e tal...Em uma tarde de Domingo, em um ensaio do F.O.M.I, o baterista, que na época era o Jonas (Hoje um dos vocais do Massacre em Alphaville, grande amigo!) não compareceu, Xopô sempre estava Fabiano e Barreto, devido a amizade sempre ter sido forte, resumindo: Xopô que mora perto do estúdio

10 anos de Estopim records

Ainda em clima de quarta-feira de cinzas, com os ouvidos ainda zunindo, completamente quebrado comecei a escrever essa resenha sem no entanto saber ainda quando terminarei. O que posso de antemão dizer é que foi lindo, como eu já imaginava mais uma vez Fabiano Passos (Estopim Records) caprichou no evento e fez um dos melhores Festivais da Estopim que eu já fui, só não bateu no primeiro (esse é imbatível!!!!) Bandas, exposições, filme, comida...tudo isso compôs esse 10 ANOS DE ESTOPIM FESTIVAL. Essa edição por si só já era especial, afinal era a comemoração de 10 anos do selo Estopim Records, o selo mais importante para o hardcore baiano, me arriscaria a dizer do hardcore nordestino, bandas de diversas fases e vertentes se apresentaram numa Zauber não tão cheia como deveria ser, infelizmente o público soteropolitano é mimado e por mais que as pessoas se esforcem em fazer algo legal, o público não corresponde como deveria, uma pena. Cheguei ao local e as bandas ainda não tinha começado s