
Resenha por: Rodrigo Gagliano
Fotos por: Danilo Vieira
Bom, antes de falar propriamente do show, não dá pra começar a "resenha"(?) sem falar um pouco da turnê dessa banda de São Paulo, Debate. Os caras resolveram subir pra cá pro Nordeste em um carro com uma carreta anexada ao mesmo, trazendo uma enooorme bagagem (não só musical) com intuito de garantir um equipamento de qualidade, mas também, (eles já não cobram cachê, mas como se isso não bastasse) pra facilitar as coisas para a produção. Contando então, somente com uma ajuda básica de praxe: gasolina, comida e hospedagem.
Vale ressaltar, que um dia antes do show em questão, através de intermédios e interesses mútuos, a banda foi encaixada sem aviso prévio, no show da sexta-feira no Tarrafa (Rock Fantasy), devido a uma banda que saiu da grade de última hora. E o que se viu, foi um público meio pasmo, sem saber muito bem o que aqueles caras com cara de paulista (até Babalú, que é nordestino, mas que só dá pra perceber mesmo quando o sotaque puxado vem à tona) tavam fazendo alí, e também pela qualidade musical apresentada! Tudo certo então, meio que um "esquente" para o show principal no dia seguinte.

Quem tocava no momento, ou melhor, que se preparava para começar, era a Jonas – http://www.myspace.com/conjuntojonas -, já estabilizada em sua nova formação. O som tava bem equilibrado, achei o amigo Xuplique (bateria) bem mais relax, num ritmo perfeito para as músicas. Não estenderam demais o repertório, como já presenciei alguma vez, mas enfim... o público, mais uma vez - vale ressaltar, não se fez presente e permanecia timidamente frio.

Assim, ignorando esse clima reinante, "sobe" ao "palco", a banda Debate – http://www.myspace.com/debatebate -. E simplesmente arrebenta a boca do balão, à queima roupa! Seja durante todo o show, em que tocaram músicas, que ao que tudo indica, são de uma fase mais atual, em que buscam uma nova identidade sonora, experimentando e destoando um pouco do que ouvimos nos dois EPs lançados (2006 e 2007). Uma pegada bem diferente, jazzística, um quê de MPB também (me perdoem, se for equívoco de minha parte), só que com uma marcante identidade própria e o que ainda prevalece das influências que percebemos ao escutar as gravações que mencionei. Mas é isso, músicos de ponta, formando assim uma afiadíssima banda de nome e sonoridade bastante peculiar. Confesso que senti falta de umas pegadas mais agressivas e vibrantes, o que foi totalmente saciado após o pedido do tecladista, para que tocassem uma música a qual não me recordo o nome no momento. E quando achávamos que haviam terminado, abaixou-se a afinação da guitarra, distorção acionada e o potencial agressivo dos caras foi todo posto pra fora, numa verdadeira explosão. Que em minha opinião, foi o ápice do show!
E terça-feira (21/09) tem mais, num show-extra, no Stúdio Estopim (Nazaré) às 19hrs. E como diz Danilo: "é pra ir, ajudar, contribuir!". Mais uma chance de presenciar a banda ao vivo! Vagas limitadas, chegue cedo e se garanta! hehe
Hasta!
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