
Fotos: Fernando Gomes
Mais um dia de Festival Big Bands, porém em outro bairro e com outro estilo musical. Contrariando o que o próprio organizador do festival disse em outro blog, o público do Facada pode querer sim ir ver a parte rapper do Festival, veja por mim que fui nos dois, claro que não no mesmo dia, pois para minha realidade isso era inviável por "N" motivos.
Bem, já no domingo cheguei um pouco atrasado no evento e assim que cheguei de pronto me decepcionei, um evento com várias atrações de peso e bem vazio, detesto dizer mas eu estava correto, Salvador não suporta essa megalomania de um festival com vários pontos na cidade, o Facada foi vazio e a noite de domingo do hip hop foi fazia e soube que no sábado também estava vazia a casa, bem vâmu que vâmu!!!Na hora que cheguei já estava se preparando para subir no palco o MC paulista Rashid - http://www.myspace.com/mcrashid - era a primeira vez que ouvia o cara e foi perfeito, pois pude ter a primeira impressão dele ao vivo, onde tudo é mais real. Nunca tinha ouvido antes por falta de interesse mesmo, mas estava curioso pra ver a apresentação dele, confesso que achei bem fria, salvo em algumas músicas que pareciam ser mais conhecidas e o público cantava junto, o show foi bem parado. Um dos poucos pontos altos do show foi quando ele mandou o som "Hora de Acordar", bastante conhecido pelo público. Ao menos Rashid mostrou ter bastante competência e flow, principalmente na hora de sair do palco, já que guardou a sua faixa mais badalada para finalizar a apresentação, "E Se", conseguiu quebrar bem o gelo da apresentação do cara, pena que ficou para o final.
Intervalo, e Dj Gug mandava várias pedradas para tentar animar um pouco a pista, quando o Mestre de Cerimônias da noite, Robson Véio, convidou o MC mineiro Pedro Vuks, que havia se apresentado na noite anterior para fazer uma participação, o cara não decepcionou e mostrou um pouco de seu trampo, recém lançado.

Meu olho já brilhava esperando ele, um dos caras mais sapientes que conheço/escuto, mestre com as palavras, mestre no improviso, Marechal - http://www.myspace.com/mcmarechal - faz jus ao "M" de MC. Naquele estilo foda-se, sempre de chinelo e largado ele sobe ao palco e faz uma apresentação daquelas para não botar defeito, como sempre impecável e acertando até nos erros, Marechal mostrou o porque é uma das pessoas mais influentes atualmente no cenário hip hop nacional. Não vou saber precisar aqui a ordem das músicas executadas, pois já tem um tempinho o show e não levei o bloco de notas, mas foda-se, se você quisesse realmente saber teria ido. Vou facilitar dizendo que rolou clássicos como "Bota a mão pra cima", que salvo engano abriu o show, "Um só caminho..." e claro, o single "Tem que ser sangue bom". No meio da apresentação, sempre com aquele clima de interação com o público Marechal convida dois MC’s locais para uma sessão de freestyle, que veio muito bem a calhar, mostrando também um pouco do que temos em casa. Ouvi ainda uma faixa nova, pelo menos não conhecia, e qualidade é aquela de sempre: Super aprovada! Deixando ainda mais o gostinho do disco do cara, Fernandinho disse que ouviu uma prévia do álbum e me adiantou que será um lançamento que deixará muita gente de boca aberta, nos resta a esperar, sem muita ansiedade, pois como o próprio Marechal diz: "Meu disco não saí, meu disco fica".
Comentários
Agora assim, sei que o esquema de organização desse festival foi bem diferente e sei que pelo menos nos dois dias de hip hop quem deu um suporte da porra foi a Positivoz, que inclusive está de parabéns pela correria, creio até que se a positivoz fizesse um festival de hip hop sozinha teria mais êxito. A julgar pelos Foradeorbitas e outras festas excelentes promovidas por essa produtora, aliás, por essa gang (rs)
E que bons produtores venham
e que boas bandas, sejam de rap ou hardcore ou metal, venham.